Facebook utiliza dados de autenticação em dois fatores para publicidade, diz Gizmodo

Pesquisadores das universidades de Princeton e Northestern, em conjunto com o site Gizmodo, descobriram que o Facebook estaria fazendo uso indevido de números de celular fornecidos para fins específicos de autenticação em dois fatores. Os números dos usuários estariam sendo cruzados com bases de dados de anunciantes para mostrar publicidade direcionada. 

A rede social também tem utilizado números de telefone obtidos de contatos de terceiros para alimentar seu banco de informações a respeito de cada usuário e exibir anúncios específicos. 

TJRJ e operadora Vivo firmam acordo para compartilhamento de dados dos assinantes

O TJRJ anunciou nesta terça feira acordo com a operadora Vivo para obtenção de dados cadastrais de assinantes. O convênio seria semelhante aos já firmados com Ceg, Light e Banco do Brasil, além de órgãos como a Junta Comercial do Estado do Rio, segundo a assessoria de imprensa do órgão. 

Os objetivos mencionados seriam o compartilhamento dos dados cadastrais dos assinantes que precisem ser localizados como parte em processos, bem como celeridade em quebras de sigilo telefônico. É mencionada ainda economia nos valores antes gastos com o envio das solicitações por correio. 

No entanto, tendo em vista a nova legislação de proteção de dados pessoais, não fica claro o modo como os dados cadastrais ou informações sensíveis serão protegidos contra uso indevido. Também não foi explicitado se os servidores do TJRJ terão acesso direto aos dados ou se a operadora poderá contestar solicitações de compartilhamento caso a caso. 

Fica ainda em aberto a questão do consentimento dos usuários para o fornecimento de seus dados. O cumprimento de determinação judicial específica é algo diverso da entrega indiscriminada de todos os dados sem finalidade determinada. Resta aguardar para sabermos como tais contratos serão aceitos à luz da Lei Geral de Proteção de Dados. 

Empresas brasileiras são investigadas por venda de dados biométricos de cidadãos

De acordo com a Portaria 10/2018 do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, as empresas CredDefense, Certibio e Acesso Digital estão sendo investigadas pela comercialização de acesso a dados biométricos de brasileiros. Tais dados são utilizados para checagem de identidade. 

Dentre as informações fornecidas, consta que o banco de dados de apenas uma das empresas possuía 70 milhões de cadastro, utilizando as informações armazenadas no SERPRO  (Serviço de Processamento de Dados, empresa pública) e fornecidas a este pelo DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) que haviam sido coletadas para emissão de carteiras de habilitação. 

O Inquérito Civil Público traz ainda menção da gravidade de tal comercialização. A Secretaria de Comunicação do MPFTD menciona que “há uma preocupação do Ministério Público a novas formas de discriminações, veladas ou expressas, como o recrutamento de candidatos para vagas de emprego, acesso aos cargos públicos; ingresso em instituições de ensino; filiação a entidades; participação em organizações religiosas, concessão ou negativa de crédito”